Ela trouxe palavras bonitas e alguns cigarros.
Trouxe também aquele sorriso de canto e contou algumas histórias engraçadas.
Rimos tanto, tanto, tanto, entretanto ela pediu para que eu esboçasse um gesto de entendimento: eu não conseguia entender uma palavra sequer.
Ela então apagou seu último cigarro com a naturalidade de quem está acostumada a enterrar os primeiros amores.
Rasgou os meus contos ainda não escritos e escreveu no espelho, com a delicadeza de uma mão trêmula, “eu te amo tanto que prefiro não te estragar.
Adeus” Depois de rir e vir tantas vezes pelo meu mundo, desapareceu levando os silêncios, as cinzas, os contos e esse coração aprendiz que, de tanto esperar, desaprendeu a ter paciência.