Eu, com todas as minhas complicações e defeitos, queria te contar um segredo, que não é mais segredo: você me faz um bem enorme.
E eu queria te dizer que por esse motivo mais nada aqui dentro dói.
Parou.
Aquela ferida cicatrizou.
Aquele sangue que escorria, secou.
Aquela cara de insônia, sumiu.
Aqueles motivos pra chorar se transformaram em sorrisos.
E eu sou grata pra caramba.
Queria te contar que as vezes acho que não sou humana.
Eu consigo sentir.
Sentir coisas.
E a coisa mais bonita, sem dúvida alguma, foi conseguir sentir o que você sente por mim.
E é como uma criança, que é pura e que sabemos que vai crescer forte e saudável.
Se cuidarmos, é claro.
E eu cuido.
Dela e de você.
Porque você cuida de mim.
Teve aquela vez que íamos entrar na água naquela tarde quente, e você me deu a mão e me ajudou a entrar.
Você sabe que não sei nadar e que ainda por cima tenho uma pequena fobia de água.
Segurou minha mão e ficou olhando pra ver minha reação, e quando viu meu semblante de desespero, disse que pararíamos por alí, segurei sua mão forte e pedi que não me soltasse, mas eu sei que não soltaria.
E isso me encanta em você.
Posso dizer que seu afeto, de fato, me afetou.