Se o tempo parasse e meu mundo acabasse, se o sol sumisse e as estrelas caíssem, eu declinaria na fração de segundo que separa uma dimensão da outra, te resgataria da lógica, a levaria pra longe, olharia em teus olhos unicamente como intuito de te fazer enxergar meu coração, que clama e grita teu nome em alta voz.
Ao te fazer sentir meus lábios suaves e gestos tímidos, lhe transmitiria o que guardo a sete chaves e escondo do mundo.
Meu ímpeto, meu desejo, teu peito, teu cheiro, suas mãos, até o suor do teu espírito.
Se nesse êxtase eu nada pudesse falar, se as palavras ecoassem e não saísse som algum, meus olhos te diriam a única coisa que não me canso de repetir.
Obrigado, obrigado por teu sorriso que dissipa minha dor, pelo teu modo de ver a vida e de me levar com ela, obrigado pelas vezes em que tuas palavras eram tudo que eu tinha, e mesmo com tantos motivos, tu não as me negaste.
Obrigado por sustentar minha alma na tua sempre que as coisas iam mal, obrigado por fazer parte desse mundo escuro ao qual me incumbiram a viver.
Se eu pudesse fugir de mim, se essa galáxia não me consumisse, eu escolheria me deleitar nas curvas do teu corpo, eu moraria em um abraço teu.
Se a ficção se convertesse em realidade, eu faria um desejo ao universo e te sentiria cair sobre mim, se minha alma falasse e você ouvisse, essas seriam as mais sinceras palavras que ela poderia pronunciar.