Quando crescemos passamos a priorizar coisas diferentes, nos importar menos com o que pensam de nós e mais com o que pensamos sobre nós mesmos.
Passamos a conviver com pessoas diferentes, termos assuntos diferentes, aprendemos que colegas não são amigos, que nem 5% dos nossos amigos irão continuar do nosso lado e que nem todo mundo que nos abraça quer o nosso bem.
Nossos problemas são diferentes, não são mais resolvidos pelos mais velhos, porque agora nós somos os mais velhos e se não os resolvermos, descobrimos que ninguém vai resolver por nós e o quão pesado é o fardo de carregar assuntos inacabados.
Passamos a ter noção de finanças e então é a nossa vez de dizer "na volta eu compro".
Aprendemos que tudo é questão de escolha e que quanto mais difíceis as escolhas, mais sacrifícios teremos que fazer por elas.
Percebemos que o tempo judia, que nossos pais, eternos jovens, invencíveis aos nossos olhos de criança, já não são mais tão jovens quanto antes e que agora, olhando no espelho, nós nos tornamos eles.
Aprendemos que o sucesso não vem para todos, e que isso não nos impede de vivermos bem.
Percebemos que nem todos que crescem, amadurecem e que nós mesmos vamos ter muitas atitudes infantis durante a vida, porque apesar do bom senso, não ganhamos um manual de instruções de como ser adulto.
Descobrimos que, às vezes, para seguir em frente, precisamos dar alguns passos para trás.
Aprendemos que a vida não é justa e que os moderadores sempre pendem pro lado mais forte.
Percebemos que a vida não é um caminho, e sim uma correnteza onde não adianta tentarmos nadar contra e que nela alguns ficam para trás, outros se encontram, mesmo que apenas por um momento, uns desistem, uns não nos deixam desistir e têm ainda os que tentam nos afogar, mas que no fim cada um é responsável por vencer sua própria etapa, dando ou não o seu melhor.
Quando crescemos, não aprendemos tudo, mas tudo que aprendemos é o bastante para sabermos que devemos aproveitar cada momento, cada pessoa, cada oportunidade e que as coisas boas têm um fim, uma pena, mas as ruins também.
