Eu vou e volto.
Num suspiro retorno
e me aconhego no que não vejo.
Transcedo, me olho no espelho
e descubro que é opaco.
Que julgassem meu amor, meu sonho, e minha alegria,
mas não cortassem a felicidade com a lâmina afiada da mentira.
Porque em meus passos cambaleantes ainda sou verdade.
Eu sou aquela borboleta
que se agarra
às paredes e ali
permanece, solitária.
Sobrevoei plantas,
muros,
lamas.
Renasci no barro
da lama
e do estrume:
cogumelo.