Medo eu tenho do terceiro ato
onde sempre termino só,
adiando os fins
acreditando salvar a solidão de mim.
Me agarro,
à lonjura do segundo ato
que é pra colocar molduras
enfeitar as feiuras
que chamam de aprendizado
O início é pintura,
abstrata fartura
ternura
lindo é o primeiro fato.
Medo eu tenho do terceiro ato
onde sempre termino só,
faz órfão o tato
rasos contatos
as mãos que não estão mais na cintura
desencontro das loucuras,
das misturas
saudade dos hiatos,
o olfato
É tortura.
O medo era do terceiro ato
agora, daqui
tanto faz:
as presenças não são reais
sempre termino só.