No final, a única coisa que vai continuar viva é o que foi visto pelos nossos olhos, os meus e o seus desenhando a céu aberto o que as nossas mãos sozinhas não fariam.
O que vai continuar é o que te transformou e o que eu não sei apagar.
Muito prazer em ser luz, feito sol se pôr em teu diafragma risada que nasceu do palato meu.
Muito prazer, mas aqui solto os grilhões e feito leopardo que fugiu da jaula corro em busca de algum sinal de vida por entre as vegetações secas.
A gente se confunde com o outro.
O amor busca a unidade.
Hei de me reencontrar por aí, de dormir abraçada com a liberdade até que a morte nos separe.
Mas muito prazer, muito prazer em dividir os vinhos e os cigarros, as sobremesas e os abraços.
Que agora vinhos, cigarros e sobremesas são só pra mim.
Os abraços Há sempre quem tenha dois braços dispostos e se não tiver, eu invento.