Desisti do seu amor rasante.
Desisti de ser amada só um pouco, de ser quista em medidas controladas.
Eu não podia mais dividir uma alma despida com alguém que controla os quereres, com alguém que subtrai afetos.
Foi melhor e é melhor estar só e não mais em dúvida.
Não mais com medo de que esbarrasse por aí com sentidos incontroláveis e se permitisse como não fez comigo.
A culpa não é sua.
Às vezes, estamos tomando um café numa padaria qualquer às cinco da tarde de uma terça feira e o amor nos sorri.
E tudo aquilo que era calculado ou concreto fica abstrato e pouco palpável.
E a gente tem que saltar nessa direção no mesmo minuto.
Ao mesmo tempo.
E entre nós, eu saltei antes.
Eu saltei antes mesmo de sorrir pra você.
E não há nada errado em juntar fichas por um longo tempo e apostá las todas de uma só vez.
O sabor das urgências e das imprudências é um vicio dos românticos.
A desistência é o limite do corpo e não da alma.
Eu desisti de nós e não de você.
Desisti de acreditar que você vai acordar diferente, que se assim fosse, então não seria mais você e então o que eu amaria Eu o quero exatamente como o conheci e tentar driblar a natureza das idiossincrasias suas é amar com condições.
E se tem algo que não desisto, é de amar acima de qualquer condição.