Um dia, depois de tanto sofrer, de tanto chorar, me dei conta que realmente quem bate esquece, mas quem apanha, não.
Eu tinha marcas em mim, cicatrizes fundas que, só de serem tocadas, abriam novamente, mas você não as via.
Você passava por cima de cada uma como se fosse um trator, trator de sentimentos, de corações.
Era normal me fazer mal, era normal esquecer o que me causava dor, mas eu continuava ali, sentindo tudo aquilo com a mesma intensidade.
Até que o dia do adeus chegou e eu decidi não permitir mais que as frustrações me acompanhassem pelo resto da vida.