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Francisco Mellão Laraya Tito

O ALMOÇO
Ela estava longe, e fui convidado para almoçar com um amigo.
Mais do que depressa, aceitei, era uma diversão, uma distração, poder ver um amigo de tanto tempo!
No almoço, conversávamos sobre o perdão e a caridade, ele um judeu, eu um católico.
Jesus falava de perdão aos inimigos, e ele não via praticidade nisto, pois perdoar a um inimigo é como criar uma cobra em casa, mais cedo ou mais tarde ela vai te morder!
Contei a ele uma experiência minha:
Um dia me senti injustiçado, logo e princípio, como é normal, uma onda de ódio e de rancor tomou conta de mim.
Era difícil conviver comigo mesmo com aquele sentimento.
Pensei em fazer meditação para dominá lo, mas meu cérebro me levou a várias situações adversas do passado, todas parecidas, todas frustrantes, que expliquei o passado, mas não resolvi o futuro.
No dia seguinte resolvi ajudar a quem me deixava nervoso; uma onda de paz me atingiu, e por algum tempo o mal estar melhorou.
Mas ele voltou!
Fui ao meu canto, e só toquei violão, me veio à solução: era o perdão pleno, sem razão aparente, deveria subsistir apenas por si.
Quando perdoei, a paz voltou!
Pensei no que escrevera antes: “Pode ser que o outro não mereça seu perdão, mas você também não merece perder a paz”.
Era esta a solução!
Ao falar sobre isto meu amigo se calou, quis pagar a conta, e uma sensação de clareza e de luz, tomou conta de sua feição, e seus olhos se iluminaram.
Fui para casa com a nítida sensação de que aquele almoço valera à pena!

O ALMOÇO
Ela estava longe, e fui convidado para almoçar com um amigo.
Mais do que depressa, aceitei, era uma diversão, uma distração, poder ver um amigo de tanto tempo!
No almoço, conversávamos sobre o perdão e a caridade, ele um judeu, eu um católico.
Jesus falava de perdão aos inimigos, e ele não via praticidade nisto, pois perdoar a um inimigo é como criar uma cobra em casa, mais cedo ou mais tarde ela vai te morder!
Contei a ele uma experiência minha:
Um dia me senti injustiçado, logo e princípio, como é normal, uma onda de ódio e de rancor tomou conta de mim.
Era difícil conviver comigo mesmo com aquele sentimento.
Pensei em fazer meditação para dominá lo, mas meu cérebro me levou a várias situações adversas do passado, todas parecidas, todas frustrantes, que expliquei o passado, mas não resolvi o futuro.
No dia seguinte resolvi ajudar a quem me deixava nervoso; uma onda de paz me atingiu, e por algum tempo o mal estar melhorou.
Mas ele voltou!
Fui ao meu canto, e só toquei violão, me veio à solução: era o perdão pleno, sem razão aparente, deveria subsistir apenas por si.
Quando perdoei, a paz voltou!
Pensei no que escrevera antes: “Pode ser que o outro não mereça seu perdão, mas você também não merece perder a paz”.
Era esta a solução!
Ao falar sobre isto meu amigo se calou, quis pagar a conta, e uma sensação de clareza e de luz, tomou conta de sua feição, e seus olhos se iluminaram.
Fui para casa com a nítida sensação de que aquele almoço valera à pena!

MINHA MADRINHA
Ela sempre me ensinava que não devia aceitar a responsabilidade de fazer algo, que não fosse capaz de desenvolver.
Algo que estivesse além de nossas forças, e o gozado, muitas vezes me pegou fazendo castelo de cartas de sonhos, sem saber que na primeira lufada de realidade tudo iria a chão, e aquilo que era realidade, não passava de mais nada do que ilusão, então só restaria estórias para escrever
Até hoje não sei se escrevo poesia, verso, prosa poética ou o que, só sei que sou um poeta, pois vivo com um pé na realidade, outra na ilusão e a cabeça buscando a perfeição.
São curtas e pequenas minhas estórias, um pouco intensas demais, pois levam a pensar em tudo que está aí, e muito mais Algumas vezes no que serão outras no sentir, questiono a mim e a vida, pergunto me não se é sofrida, mas se é bem vivida.
Está no meu escrever a razão e o fim do meu viver, sei que não escrevo poesia, mas pura filosofia, esta que um dia me disseram ser a ciência tal, que o mundo sem a qual, viveria tal e qual.
No começo gostei da frase, mas não gosto do sentido dela, e vi que tinha que construir não mais um castelo de sonhos, mas uma casa, cujos tijolos fossem palavras, que exprimissem sonhos, desejos e ilusões, analisadas pelos sentimentos e pela razão!
No começo procurei assunto, achei que a solução estava no mundo exterior, na vida dos outros, no viver em sociedade, e outras coisas mais que são tantas, que me cansa até em pensar nelas.
Hoje sei que a minha realidade está em mim, na minha casa, na rua em que moro, no meu pequeno mundo, que todo tem igual: aí sou universal!