O Ser Humano é, ao mesmo tempo, as duas faces de uma mesma moeda, cunhada nas forjas da evolução.
A primeira delas, simbolizando a inteligencia e a criatividade, é a responsável pela construção e pelo esplendor das nossas catedrais.
A outra, responsável pelas gárgulas que se empoleiram nos beirais.
Talvez, para nos lembrar que habitamos um mundo povoado por demônios, que compactuamos na criação.
Tais figuras grotescas refletem os laivos de insania que, desde tempos imemoriais, percorrem a história da nossa espécie, indicando que, por falha no projeto inicial, erro essencial ou desvio na função do processo evolutivo, algo, insistentemente, predispõe a raça humana à servidão voluntária, à estupidez despropositada e à autodestruição.