Inventar personagens pode ser um passatempo, uma distração para o dia das bruxas, uma pequena esquete teatral, mas isso não pode imperar na vida real.
Por mais que se tente fugir, em algum ponto do caminho somos impelidos a parar e nos avaliar, principalmente quando a felicidade nunca chega.
Por isso, é preciso tomar consciência no tempo mais breve de quem realmente somos, por esse eu imutável do qual por vezes ignoramos, é um ser que independe tudo que o cerca.
Trata se de uma existência sentimental pura que se sintoniza aos nossos instintos e é responsável por nos fazer plenamente satisfeitos ou passageiros de uma agonia velada.