AngelaDoris

Não tenho o dom da lábia e nem de colocar máscaras.
Eu sou curta e grossa
acho que por isso sou mais gaúcha
não tenho tanta polidez quando me dizem que é feio fazer isso ou aquilo, eu penso: para crianças é feio, eu sou adulta e prefiro ir direto ao ponto, não tenho o dom de dar moral pra ninguém
Não é bonitinho Pra mim também não é!
Pergunta se alguém quer um filho deficiente!
Claro que não!
As pessoas usam os filhos de seus sucessores, imagina meu sucessor um retardado, vou à falência!

Eu mesma fui vítima de abuso (vim saber a pouco tempo) e, realmente esse esquema explicativo que justifica inconscientemente o fato (só deve emergir na consciência através de pesadelos que a pessoa nem lembra o que se passou mas acorda gritando ou correndo sem rumo) é um mecanismo de defesa em que a pessoa possui elementos destrutivos a sua volta e as pessoas a vêem com uma imagem bem distorcida do que ela é, como se ela conscientemente tivesse vontade de se auto punir pelos mesmos meios pelos quais foi violentada.
O agressor é a pessoa doentia, insensível e que só pensa em continuar machucando, mas que também precisa de tratamento!

Olho pela janela da casa da minha mãe e penso: como a vida é boa!
Me poupou do pior!
Pergunto se já fiz todos os ajustes!
Entrego pra Deus!
Já não sou o eu de antes, mas meu verdadeiro eu ou em busca dele, agora penso como adulta!
Obrigada Deus!

Quanto custa aprender que ninguém é responsável pela nossa felicidade se na vida ou no amor (em suas possíveis manifestações) não adianta procurar as garantias que não existem, viver a vida sem medo de não encontrar garantias evita um dos piores inimigos da liberdade e da felicidade.
Por último, não sentir esse medo pode tornar o afeto entre homem e mulher mais leve, pois amor é algo muito maior.

E a vida continua, caminhar é preciso e com a cabeça erguida.
Todos culpados, uns mais responsabilizados que outros.
Carrego a bandeira, luto por um ideal.
Sei que continuas vivo, o pensamento voa
Pensamentos cheios de amor por ti meu irmão!