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Agostinho Lima da Silva

MINIMALISMO
Saúde, família, parentes, bens, amigos, trabalho, enfim todas as coisas que as pessoas adquirem ao longo do tempo vão se tornado desprezíveis diante daquilo que ainda não podem ter.
A cegueira reinante é produto de um trabalho profissional articulado pelo mercado para que todos virem consumidores contumazes e irracionais.
A felicidade é uma condição do ter que se extingue com a posse.
A funcionalidade que pode atender a uma determinada necessidade dentro das possibilidades econômicas, financeiras e mesmo intelectuais de um grupo, muito pouco importam neste processo doentio, meticulosamente, imposto.
Na China, na montadora do Iphone, os trabalhadores estavam cometendo suicídio por não terem dinheiro para adquirir o aparelho que eles fabricavam, mesmo após anos de trabalho quase escravo.
O “problema” da Apple veio à tona, e como podia atrapalhar os negócios, seus executivos resolveram a situação com um programa de sorteios de unidades para os funcionários mais produtivos.
A produção aumentou e os suicídios atribuíveis à incapacidade de se possuir os celulares mais famosos do mundo, pelos operários da fábrica, não se justificavam mais.
Eles se matavam por outro motivo.
Afinal, a mão de obra abundante e muito barata, por razões óbvias, não podia ser desprezada.
Sabe se que naquele país, o salário é de trinta dólares mensais para quem consegue emprego formal.
Para os consumidores do Iphone no resto do mundo, e, sobretudo, para os investidores da empresa que relevância esta questão possui
A cidadania, de outrora, é coisa retrógrada.
O cidadão morreu.
No seu lugar está o consumidor desenfreado e desvairado, que quer coisas que não precisa.
O mercado transforma sua vida num inferno sem fim.
Por ser apenas um número de cartão de crédito, CPF, Indentidade Funcional, e outros códigos que lhe dão a sensação de status e poder de ter ainda mais.
A vida transformou se numa encruzilhada: ou seguimos a manada humana que se auto impõe a destruição por um consumismo nefasto ou tentamos salvar a terra com seus recursos escassos e finitos consumindo aquilo que seja essencial à existência, adotando o minimalismo.
A pergunta que se faz é: há tempo ainda para a existência das gerações futuras
Agostinho Lima 22Mar2014

MINIMALISMO
Saúde, família, parentes, bens, amigos, trabalho, enfim todas as coisas que as pessoas adquirem ao longo do tempo vão se tornado desprezíveis diante daquilo que ainda não podem ter.
A cegueira reinante é produto de um trabalho profissional articulado pelo mercado para que todos virem consumidores contumazes e irracionais.
A felicidade é uma condição do ter que se extingue com a posse.
A funcionalidade que pode atender a uma determinada necessidade dentro das possibilidades econômicas, financeiras e mesmo intelectuais de um grupo, muito pouco importam neste processo doentio, meticulosamente, imposto.
Na China, na montadora do Iphone, os trabalhadores estavam cometendo suicídio por não terem dinheiro para adquirir o aparelho que eles fabricavam, mesmo após anos de trabalho quase escravo.
O “problema” da Apple veio à tona, e como podia atrapalhar os negócios, seus executivos resolveram a situação com um programa de sorteios de unidades para os funcionários mais produtivos.
A produção aumentou e os suicídios atribuíveis à incapacidade de se possuir os celulares mais famosos do mundo, pelos operários da fábrica, não se justificavam mais.
Eles se matavam por outro motivo.
Afinal, a mão de obra abundante e muito barata, por razões óbvias, não podia ser desprezada.
Sabe se que naquele país, o salário é de trinta dólares mensais para quem consegue emprego formal.
Para os consumidores do Iphone no resto do mundo, e, sobretudo, para os investidores da empresa que relevância esta questão possui
A cidadania, de outrora, é coisa retrógrada.
O cidadão morreu.
No seu lugar está o consumidor desenfreado e desvairado, que quer coisas que não precisa.
O mercado transforma sua vida num inferno sem fim.
Por ser apenas um número de cartão de crédito, CPF, Indentidade Funcional, e outros códigos que lhe dão a sensação de status e poder de ter ainda mais.
A vida transformou se numa encruzilhada: ou seguimos a manada humana que se auto impõe a destruição por um consumismo nefasto ou tentamos salvar a terra com seus recursos escassos e finitos consumindo aquilo que seja essencial à existência, adotando o minimalismo.
A pergunta que se faz é: há tempo ainda para a existência das gerações futuras
Agostinho Lima 22Mar2014