Eu já mandei minha felicidade embora muitas vezes simplesmente por não ter a menor idéia do que fazer com ela, deixei que ela passasse porque estava mais acostumada a lidar com o meu caos pessoal.
E dessa vez não quero que isso aconteça.
Dessa vez olhei pro meu pessimismo e decidi encará lo.
Ele me disse que vai doer depois, que quanto maior a altura, maior a queda.
Eu disse que queria arriscar.
Por favor, deixa, pelo menos dessa vez, deixa eu saber como é! Ela não queria, mas no fim das contas teve que ceder, afinal quem manda aqui ainda sou eu! Agora eu passeio com ela todos os dias, nos tornamos grande companheiras.
Eu e a minha felicidade, a minha felicidade e eu.
Ás vezes ainda nos estranhamos, ás vezes ela ainda me deixa um pouco desconfiada.
É que ás vezes ela chega tão decidida a se juntar a mim no meio da noite, entre um abraço e outro, entre uma palavra doce e outra.
E de vez em quando, o meu pessimismo tenta se sobressair e me dizer pra tomar cuidado, pra não dar muita trela.
Mas parei de ouvi lo, confesso que a presença da minha nova amiga é muito mais agradável e cheia de vida, e sinceramente, sempre gostei mais do colorido que do cinza! Tô pagando pra ver sim, tô com a cara exposta sim, e pode doer o quanto for, podem maldizer o quanto for, o sorriso que eu levo hoje apaga todos os outros rastros.
Eu aprendi, aos trancos, que ser feliz não dói.
Ser feliz não dói.
Confia em mim, não precisa ter mais medo ela me disse.