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Paula Fernandes e Sousa

Adoro aquele que não posso amar.
Apaixonei me sem querer, mas sigo com ele porque decidi aproveitar a beleza de momentos mágicos onde somos um só.
Já não tenho receio que não dure, ou que não haja juras de amor eterno.
Não quero falar de futuro.
Vivo apenas ao som dos ponteiros do relógio, esperando por dias diferentes, com ele ou sozinha, não importa, desde que esteja feliz.
De que adianta esperar por acções que talvez nunca aconteçam Ou por situações que nunca cheguem A culpa não chama por mim e a consciência é minha cúmplice na luta que travo com ele.
Pergunto me todos os dias porque continuo a desejar ardentemente aqueles beijos em que ele me barra o ar e me faz sentir especial.
Detesto todas as despedidas, e tenho sempre medo que seja a última oportunidade para sentir aqueles abraços no meu contorno.
Estremeço se pensar que vamos acabar por compreender a dimensão do desacerto que estamos a praticar connosco, e com terceiros.
Permaneço inquieta, à espera de um indício dos meus escrúpulos, que parecem não viver no léxico do que vivo com ele.
Todos os ensejos são especiais, únicos e incomparáveis.
Não nos absorvemos por nada ou por alguém, nem esperamos nada um do outro.
Realizamos a nossa peça normalmente, como se tudo fosse perfeito.
Talvez seja, e a única imperfeição seja criada por nós.
Agora, depois e após, sinto um temor exíguo, uma angustia que não esgota e estou a deprecar, com toda a energia, para que tudo corra bem.
Para que ele volte seguro para mim, não para sempre, mas até o sentimento resistir.
Não sou dele, mas também não pertenço a ninguém.
Sou apenas quem sempre fui, na luta de uma paixão constante e verdadeira.
Não posso pensar que o quero, que é a pessoa perfeita por quem sempre esperei.
Seguirei apenas, o caminho que me esta desenhado, talvez ele queira caminhar a meu lado

Adoro aquele que não posso amar.
Apaixonei me sem querer, mas sigo com ele porque decidi aproveitar a beleza de momentos mágicos onde somos um só.
Já não tenho receio que não dure, ou que não haja juras de amor eterno.
Não quero falar de futuro.
Vivo apenas ao som dos ponteiros do relógio, esperando por dias diferentes, com ele ou sozinha, não importa, desde que esteja feliz.
De que adianta esperar por acções que talvez nunca aconteçam Ou por situações que nunca cheguem A culpa não chama por mim e a consciência é minha cúmplice na luta que travo com ele.
Pergunto me todos os dias porque continuo a desejar ardentemente aqueles beijos em que ele me barra o ar e me faz sentir especial.
Detesto todas as despedidas, e tenho sempre medo que seja a última oportunidade para sentir aqueles abraços no meu contorno.
Estremeço se pensar que vamos acabar por compreender a dimensão do desacerto que estamos a praticar connosco, e com terceiros.
Permaneço inquieta, à espera de um indício dos meus escrúpulos, que parecem não viver no léxico do que vivo com ele.
Todos os ensejos são especiais, únicos e incomparáveis.
Não nos absorvemos por nada ou por alguém, nem esperamos nada um do outro.
Realizamos a nossa peça normalmente, como se tudo fosse perfeito.
Talvez seja, e a única imperfeição seja criada por nós.
Agora, depois e após, sinto um temor exíguo, uma angustia que não esgota e estou a deprecar, com toda a energia, para que tudo corra bem.
Para que ele volte seguro para mim, não para sempre, mas até o sentimento resistir.
Não sou dele, mas também não pertenço a ninguém.
Sou apenas quem sempre fui, na luta de uma paixão constante e verdadeira.
Não posso pensar que o quero, que é a pessoa perfeita por quem sempre esperei.
Seguirei apenas, o caminho que me esta desenhado, talvez ele queira caminhar a meu lado

Eu sou o que penso, sou o que sou e o que quero ser.
Sou família, sou filha, sou irmã e namorada.
Eu sou o tudo.
Eu sou o nada.
Sou a sorte do que tenho e do que possuo.
O azar do que a vida não me trouxe e eu desejei.
Sou um verme que um dia quis ser astro e tão depressa se tornou estrela.
Sou mais uma pecadora, com tamanha fé.
Sou um mundo de maldades e um paraíso de boas acções.
Sou um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas.
Sou o meu reflexo num canto de paisagem, ou numa miragem, onde tu não podes ver.
Sou a alegria de quem me ama, a tristeza de quem me odeia e a ocupação de quem me inveja.
Sou uma folha em branco, ou um caderno completo.
Sou os livros que li e os textos que já te escrevi.
Sou os momentos que passei e os que ainda quero passar, eu sou os brinquedos com que brinquei, e os amigos que conquistei.
As fábulas em que acreditei e os jogos que inventei.
Sou o amor que dei, o que dou e o que continuarei a dar.
Sou os amores que tive, as viagens que fiz e as que quero fazer.
Sou todos os desportos que pratiquei, e aquele em que sempre continuarei por ser mais que lazer, é prazer.
Sou a minha disciplina preferida, a minha comida predilecta, sou o cheiro que me seduz, a cor que me apaixona, a bebida que me refresca.
Essa sou eu eu mesma, será que vais entender
Sou o ódio resguardado, sou os sonhos realizados, os objectivos alcançados.
Eu sou o meu interior, mas também o meu exterior.
Sou um conjunto de factores que tu não podes entender.
Sou a saudade, os abraços que já dei, eu sou o passado, mas também o presente e o futuro.
Eu sou os meus actos.
Sou o perfeito, mas também sou o imperfeito.
Sou o contraste e a contradição.
Sou a complexidade do mundo.
SOU O QUE NINGUEM VÊ.

Gosto de perceber que cresci.
Percebo actualmente, que os últimos dois anos mudaram a minha vida e, principalmente mudaram me a mim enquanto ser individual.
Talvez tenha sido o trabalho, a família, os acontecimentos ou simplesmente as pessoas que se cruzaram no meu caminho e que, irremediavelmente, foram deixando cunhos impossíveis de apagar.
Umas pela positiva e tantas outras pela negativa.
Todas essas figuras tiveram uma função fundamental no aspecto como afronto o mundo, na maneira como olho os meus semelhantes ou as situações próprias.
Os amigos, esses são os de sempre, os imprescindíveis.
A família em nada muda, nas horas boas e nas más acompanham me e nunca me deixam cair.
Os acontecimentos, esses fizeram me crescer, amadurecer, encarar a vida como um trilho com obstáculos que cada um ultrapassa ao seu melhor género, no ritmo que deseja e com a força que possui.
Agora as pessoas essas sim, difíceis de perceber, talvez o maior óbice de ultrapassar.
Tantas mentiras, falsificações de boas índoles e sentimentos autênticos, também felicidade e deleite de reconhecer o real sentido da amizade.
Nunca estamos inabaláveis quando conduzimos alguém para um universo que é próprio.
Jamais podemos ter a convicção absoluta que elegemos um sujeito genuíno para declarar silêncio do espírito, para contar histórias da nossa existência, para repartir sentimentos.
Por vezes, com buena dicha e alguma reciprocidade, atingimos o ponto exacto e adquirimos aliados para a vida.
Em outras descobrimo nos frustrados, abatemo nos num alvéolo sem desfecho e mortificamos o denodo por um ser benquisto, mas disperso para a eternidade.
Estes dois anos envelhecidos, mas não antigos, que com tanto grado rememoro, onde faço analogias absurdas entre o antes e o depois.
Estes anos esplêndidos que inovaram a minha individualidade, que reformularam a minha alma e a minha retrospectiva do mundo.
Estes foram anos de combate, flagelo, êxito, memórias inesquecíveis, pessoas que falsearam, que me amaram, que choraram comigo, que partilharam fábulas imaginárias e que me fizeram feliz e infeliz mas que obrigada, fizeram me engrandecer!
Agora, por fim, encontrei o fragmento da mestria, a chave que desfechou o meu carácter e que acalenta o meu ser.
Sempre me senti com a sensibilidade de dever cumprido, mas ele faz me ter a certeza e, próxima dele sou admiravelmente feliz.
Actualmente não necessito de mais nada para ser afortunada.
Sou eu, ele, os meus amigos e a minha família, o meu desporto e o meu trabalho.
Juntos fazemos um só na idealização da minha existência exemplar.
Obrigada meu amor por me amares, por fazeres da nossa ligação uma função tão prazerosa e, ao mesmo tempo, tão enigmática.
Que muitos mais pares de anos se passem igualmente.
No equilíbrio do bom e do mau que ainda tento descobrir em mim.