Aislan Fonseca

Sem fim, saudade
Sinto saudade de quando você me desdobrava do avesso.
Seu olhar me golpeava por todos os lados e você me nocauteava com sua face teatral e oculta de sacana.
Essa saudade me dá vontade de sentir de novo o gosto e o cheiro que deixa em mim.
Do devaneio que deixa em minha cabeça.
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Sinto falta do gosto seco na boca que era saciado por essa paixão tão molhada de suor.
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Sinto falta de quando no primeiro choque de nossos olhos, entramos um no outro.
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Sinto falta do gosto seco de quando as palavras fugiam da sua boca
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Sinto falta da distância de quando eu não tinha aonde ir e algo me impulsionava a percorrer o caminho até você.
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Minha alma fica tão tonta quando meu pensamento se põe a vagar em você, que agora tento ficar o mais sóbrio possível para não sentir a embriaguez do seu perfume.
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Estou cheio de urgência de quando seus olhos pairavam sobre mim.
Do pedido emergente que não para de suplicar ao meu coração que você seja quem meus olhos e coração conheceram ao primeiro impacto de nós dois.
Sinto falta do seu desejo iminente que sempre dava voltas e parava em mim.
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Sinto falta até de quando você estava tão aqui, que só por você estar tão aqui, eu não te amava quase nada.