Poema sem nexo
Ontem eu tive uma miragem
Eu avistei um anjo
Que olhou para mim e disse:
Escreva, escreva mais poesias!
As pessoas na fila
Para entrar em um museu
E eu ali pensando
Quem afinal eu era
Pessoas aglomeradas
E o sol forte no céu
Um vendedor de águas
E umas meninas da Iugoslávia.
Não me dirigiram a palavra
Não sei o porquê entraram no poema
Deva ser porque o orgulho é pouco
E isso não era relevante.
Importante deva ser o instante e a rima.
Ei, Anjo, o poeta era eu
Ou escrever poesias
Foi mais uma das utopias
Frida Kahlo, oh Frida!
Que vida tão sofrida.
Quisera eu ser Diego Riveras
E morar na Casa Azul.