Ele gosta de mim, sei que gosta de mim.
É claro que costumo lisonjeá lo de uma maneira horrível.
Tenho um estranho prazer em dizer lhe certas coisas, mesmo sabendo que vou arrepender me de as ter dito.
Em regra, ele é encantador comigo, e ficamos no estúdio a falar de mil e
uma coisas.
Às vezes, porém, ele é terrivelmente irreflectido e parece ter um enorme prazer em me fazer sofrer.
E então, sinto que entreguei toda a minha alma a alguém que a trata como se fosse uma flor para colocar na lapela, um ornamento para deleite da sua vaidade, um enfeite para um dia de Verão.