Eu sei muito bem, a raiva que dáA gente soca as paredes sem se importarMas o que é que nos faz quebrar a cara de novo, e de novo, sem jamais desistir Eu sei muito bem, mas não sei procurar,A gente compra, troca, finge, mas jamais quer ficarOlhamos pra quem nos quer como quem já não quer maisE tudo que a gente quer é ser deixado em paz.
É tão comum a gente se apegar ao passado e viver numa réplica dele, na ilusão de que estamos andando pra frente
A gente fecha os ouvidos pra voz que não quer calar, e ela diz: Eu preciso, você também.Todo mundo precisa de alguém.
Acredite, é impossível procurar algo que a gente não sabe o que é.Eu parei de procurar, e te vi sentada ao meu lado na fila de espera por alguma coisa qualquer.Eu procurava alguma coisa que justificasse todas essas palavras que eu cuspo em todas as direções, sobre uma vida que eu sonhava viver.Nada foi em vão.Hoje sei que nem a mais profunda escuridão vai me impedir de enxergar teu rosto, mesmo com os olhos fechados.
* Ah, se você pudesse sentirOntem não consegui dormirSem ouvir a tua voz cansada* Você devia estar aqui pra verAqui não pára de choverDesde que você voltou pra casa* Se o meu lar for onde houver tua respiraçãoVou morar na tua voz, ao menos, até o final dessa cançãoNo teu coração* Ah, será que você vai lembrar Onde é que você vai guardar o esboço dessa história * Ou vai fazer fogueira pra queimarE ver que não dá pra fecharA biblioteca da memória* Você já me conheceu o bastante pra saberSe eu sou ou não bom o bastante pra você* Quando acordar, quando a música acabar * eu posso te ouvirE eu sinto como se nós não estivéssemos a sós.Você está aqui, e eu sei que posso estar em qualquer lugar* Ás vezes eu sinto que eu sou o ar.
Saudade não é vazio, é presença.Presença de algo que não está mais ali.
Será que existe algo mais emocional do que optar por ser racional, por medo de errar novamente