Elegi o céu
Quando olho para o céu Não é bem o céu que estou vendo, na verdade, não estou vendo nada, estou é pensando em tudo! Olhando para o céu, para este infinito azul; o azul, aquela cor serena, que traz tranquilidade, paz de espírito e segurança, que parece conduzir nossos olhos quando precisamos refletir; quando olho para ele, pode ter certeza que estou pensando muito, não posso descrever todas as coisas que já pensei olhando para este céu, mas foi ele o meu primeiro ouvinte intimo.
Ele é o papel em que enxergo toda minha vida, é o papel em que escrevo meus sonhos e amores, que lanço meus arrependimentos e horrores.
Foi o primeiro cinema que fui e em que assisti sozinho (ou não) ao filme que eu queria, ao filme do que já vivi.
Talvez o céu não seja só um vácuo, nunca achei que fosse um vácuo mesmo, o céu pra mim é quem guarda tudo de todos, é quem acorda minha mente quando ela jaz adormecida, é quem conversa com minha mente, quando ela quer ser ouvida, é quem tranquiliza minha mente corrida, a minha mente mal dormida.
Quem sabe o céu seja mesmo a morada de Deus, os homens não se enganaram nisso, tudo que Deus fez para os homens, o céu fez para mim: nunca me julgou pelos meus erros, mas sempre me fez percebê los e encontrar uma forma de corrigi los.
Mas, ao contrário dos homens, tolos homens, eu olho para este céu todo dia.
É Afinal, o céu pode ser a morada do Deus, é o único espaço que poderia cabê lo, os homens erraram ao dizer: “o céu é o limite”.
Eu não sei bem explicar o que é, de fato, o céu, sei que nele estão coisas minhas, que também são coisas das quais não sei bem explicar
Por fim, quero que o céu sempre esteja acima de mim, gosto assim, deste modo não preciso dividir ele com os horrores dos outros, os horrores do mundo ruinoso em que habito e definho, até porque é justamente para esquecer isso, o motivo das muitas vezes que olho para o céu azul.
Meu céu azul.