É muito fácil querer o outro quando estamos sozinhos e nos sentimos carentes.
É muito fácil amar o outro na mesa de bar, alterado pelo álcool, feliz da vida num sábado.
É muito fácil achar que o outro é tudo o que queremos quando estamos muito bem ou muito mal com a gente mesmo.
Difícil é amar o outro quando se está entediado, impaciente, acomodado ou no meio de uma terça feira nublada e cheio de trabalho pra fazer.
A dura realidade é que amor, quando de verdade, existe e sobrevive àquele dia como mais um: sem graça, sem charme, sem extremos.
Aquele dia sem altas risadas, sem gargalhadas, sem copos cheios.
Amor de verdade é aquele que pulsa a nossa vida e continua a acontecer em dias comuns, cinzas e quietinhos