E nos fadamos à infelicidade para que o ambiente,
antes conhecido,
permaneça inalterado.
Só por ter medo de arriscar,
Só, por não querer machucar.
E assim,
nos contentamos mais um ano naquela situação,
como promessa de réveillon,
de permanecer naquela amizade ilusória entre estranhos,
ou dormir onde jamais o sol irá te acordar de manhã.
Mas o que ambos esquecemos
é que, por não querer um mundo novo
acabamos por destruir tudo o que se construiu até aqui.
Só
porque prefere não ser o que é, hoje.