Prosopopéias delirantesPernoitam em esferasConsolando letras friasCansadas de ecoar
A alegria caiu de marte,e eu, tal qual um mártirCá estou a aparar.
Descobri o esconderijo da alegriaNo dia em que segui o sol.
Eu carrego emoçõesEm caixas sem chavesQue voam repletas de sonhosJá cansados de dormir.
O rádio em raioProvoca a minha dançaE com cara de criançaMe refaço feliz.
Saudade é casa caiada.Cheiro de vóCafé e pãoSaudade é febreChá de alhoTerço na mãoSaudade é fraquezaRosto molhadoCarta no chão.
Não sei nadade quando não o conheciapois com tanta maestriao amor resolveume assaltar.