(des)eleganteNão tenho elegânciaSou, talvez, um trapoQue não vale um fiapoNão tenho etiquetaE se tivesseO valor seria baixoÉ, eu não me encaixoO que tenho de eleganteÉ a dor que Leminski diziaE com ela faço obra primaO melhor dos cálices:Vinho tinto de poesia
Crime sem suspeitoSe um amor está acabadoNenhum dos doisPrecisa ser o canalhaOu estar erradoBasta manter o respeitoE ser sensatoPara saber que o melhorÉ cada um para o seu ladoNão é falta de amorTalvez nem dê para entenderMas às vezes a gente mudaMesmo sem querer
Vida adultaSer adulto éSer sem graçaQuando criançaOlhava as nuvensE via animaisHoje só vejo fumaça
FiqueFiqueMas nãoFique poucoFique muitoFiqueTanto fazAmizadeOu namoroFiqueEm minha vidaPermaneçaSejaPermanenteFiqueNão fiqueAusenteSejaE estejaPresente
OtimismoO mundoNão vai mudarA escolha é sua:Vai sorrirOu vai chorar
RepousoDe hoje em dianteMeu coração tem lugarNão sairá pra passearDa última vezVoltou com arranhõesAgora precisa repousarTalvez ele tome jeitoDaqui pra frenteNão sairá mais do peitoPara não se machucar
ToloMero toloAquele que vêO coraçãoDo lado esquerdoO meu, vejoNo corpo todo