Embaixo dos contorcidos galhos secos
da árvore toda desnuda das folhas secas,
levadas pelo outono
arrastadas pelos ventos
E em um galho mais alto, uma única folha seca
reticente e presa
Na tentativa de se manter ainda pelo pouco de verde
que ainda lhe resta na haste, prender se
até a chegada da primavera
Mas, ainda temos um inverno
Numa manhã a folha sumiu seguindo o vento
Cumprindo o eterno ciclo da vida
Que a todos, tanto nos apreende
com o inopinado
Apenas nos entregar e nos deixar ir
fazendo parte de todo um ciclo,
que por mais que queiramos
chega uma hora que nos leva o tempo
Uma senhora de 97 anos, cabelos branquinhos
e com um sorriso de tempos