Segunda feira.
Pessoas normais Odeiam esse dia.
Mas eu não.
É o dia da correria.
O dia que minha cabeça se preocupa com outras coisas (com o excesso de trabalho, talvez), que não sejam os abandonos.
Malditos abandonos.
Com o tempo a gente descobre que pessoas vazias não são mais tão legais.
Falsas ilusões de amizades sinceras, que quando você precisa, são os primeiros a te abandonarem.
Chega um momento que você cansa deles (dos malditos).
Você se torna frio e calculista em tudo que lhe vier a ocorrer, principalmente com as pessoas que te rodeiam.
Acaba aquela confiança e entrega com qualquer um que entre em sua vida.
Pelo menos não com a mesma intensidade e facilidade.
Tudo agora é mais difícil.
Tudo agora é mais concreto.
É real.
É amadurecimento.
É enxergar a vida da forma como ela é, dura.
É adaptação.
Aceitação de que nem tudo é como você quer.
É ter cautela pra não se machucar.
Não se decepcionar de novo, e de novo.
Ou machucar alguém.
O que é pior e lhe causa mais dor, arrependimento, culpa, saudade, falta..
Abandonos.
O pior de tudo, é ter coragem e força pra tudo isso.
Ter coragem pra levantar da cama todo dia e encarar essa vida rotineira de solidão e cautela.
Força pra chegar até o fim do dia são e consciente.
Vivo.
Vivo, pra no dia seguinte, repetir o ciclo.
Repetir o ciclo é preciso, é necessário, porque um dia você fez uma promessa, e como um bom homem, você precisa cumprir.
Mesmo que sua vontade seja zero.
Maldita promessa.
Ela é o que mantém a carne fresca e o coração pulsando, mesmo que por dentro seja só vazio, dor..
Morte.
E quem se importa Ninguém.
Você não faz falta.
Ou faz, mas a desilusão é tanta, que faz parecer que você é tão insignificante.
Que você é um estorvo, um verme, um parasita.
Mas no fim, nada mais importa, porque 'você não nasceu pra amar', 'você machuca os outros', com isso, a consequência só pode ser a de que você não merece ser amado.
Não merece ser feliz.
Mesmo que não seja mais o mesmo de antes.
Agora é só você, as consequências e a solidão.
Essa é a minha vida.