O que fazemos da nossa vida é o que nos define.
Dessa forma devemos vivê la de uma maneira que faça jus ao que somos.
Acredito, inclusive, que quando fazemos o que gostamos deixamos um pouquinho de nós em cada ação, e assim, temos uma chance maior de sermos felizes.
Entretanto, somos desencorajados a seguir os sonhos.
Tratam, logo cedo, de nos puxar para baixo e fazer com que aprendamos a olhar o mundo com os olhos racionais.
Essa lição é apresentada por Saint Exupéry, quando conta que frustraram o seu sonho de ser um pintor.
“As pessoas grandes aconselharam me deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas, e dedicar me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática.
Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor.
Eu fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2.
As 'pessoas grandes' não compreendem nada sozinhas e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando”.
A atitude tomada pelos adultos à época é a mesma que os adultos de hoje tomam.
Embora acreditem que enxergam melhor que as crianças.
Em verdade são cegos que não possuem o mínimo de sensibilidade.
Contemporaneamente a situação talvez tenha até piorado, uma vez que devemos nos dedicar a atividades que nos garantam uma boa remuneração.
Logo, ser um pintor, como no caso de Saint Exupéry, não faz parte do jogo.