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Humberto Gebrim

Orçamento não é desculpa.
A falha está em entender e planejar.
O Brasil dos últimos anos tem mostrado uma pujança arrecadatória jamais vista, no 1º semestre de 2013 a arrecadação somou R$ 543,9 bilhões.
Em Junho a arrecadação do governo – que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties, somou R$ 85,6 bilhões, segundo números divulgados pela Secretaria da Receita Federal.
Os números da Receita Federal mostram a obtenção de um novo recorde de receitas no primeiro semestre deste ano, superando os R$ 527 bilhões de 2010.
Em termos nominais, a arrecadação cresceu R$ 35,43 bilhões de janeiro a junho deste ano, ou seja, sem a correção, pela inflação, dos valores arrecadados no mesmo período do ano passado.
Deste modo, esse crescimento foi contabilizado com base no que efetivamente ingressou nos cofres da União.
Analisando os números podemos verificar de forma clara que Orçamento não é desculpa para a falta de investimentos em áreas básicas com Educação, Saúde e Mobilidade Urbana, apesar do PIB em queda, da inflação em alta, o Governo continua arrecadando, e bem.
Em um cenário que mostra recursos chegando ao “Caixa Governamental”, só há uma análise a ser feita diante da omissão: Estão falhando! Governo e Gestores estão falhando na análise que estão fazendo de tudo que anda acontecendo, estão falhando em entender a voz das ruas, a voz que clama por investimentos.
Tão sério quanto a falha no entendimento é falha de Planejamento, o que é consequência da falta de entendimento, se não há uma boa análise, não há um planejamento adequado e não se atinge as prioridades apontadas pela população.
Para ilustrar podemos lembrar do tal “plebiscito”, a voz das ruas não pediram plebiscito, pediram investimentos em áreas essenciais para o desenvolvimento do Brasil, fizeram a análise equivocada e fariam, se não fosse a escassez de tempo, um plebiscito que custaria cifras milionárias aos cofres públicos.
Se não falta orçamento, se a população já mostrou o caminho e mesmo assim tomam caminho inverso, afirmo que o que falta é leitura correta dos problemas e planejamento para responder de forma exata ao que foi pedido.
Ao contrário disto, ficaremos parados onde estamos.
Fiquemos atentos!