Eloiza Aparecida Wilhelms

Setembro
Embro, embro, embro
ressoa dentro de mim.
Longo, forte.
Espectro,
passado,
presente.
Amor
que vive.
Semente.
Mente.
Desmente,
crente.
Primavera.
Sente.
Frágil.
doce.
terna.
Eterna
lembrança.
Amor
que guardo em mim.
Im, im, im, mmm
Tim: "Trago essa rosa para lhe dar "
Ar, ar, ar, ar
Me falta o ar.

Tudo que ela precisava era respirar ar puro.
Sentir a brisa acariciar seu corpo, como amante a declarar: "Te amo, agora e sempre mais! " De repente, veio a ventania arrancar lhe suspiros da alma, fazendo a lembrar que não podia tê lo.
Não agora.
Então, pôs se a sonhar acordada, com a brisa a acariciar lhe a alma.
Em seus sonhos ele era com ela, e somente dela.

CATA VENTO
Cata vento
cata o vento
para poder dançar.
Cata vento
cata o vento,
em mão de criança
rodopia sem cessar,
trazendo alegria
para quem se põe a olhar.
Cata vento
cata o vento
e nos faz lembrar
do invisível
que nos põe a andar.
Cata vento
cata o vento
para alegrar
crianças e adultos
que se põem a brincar.

A cada letra,
a cada palavra,
a cada símbolo,
a cada imagem,
a cada som,
a cada cheiro
uma nova ideia, uma recordação, uma indagação

Posso te dar um abraço
Essa foi a pergunta que fiz, quando não havia palavras, quando não havia tempo, nem espaço para dizer tudo que eu sentia.
Posso te dar um abraço
Foi a pergunta que fiz, quando te ver já não me bastava, precisava te sentir.
Posso te dar um abraço

Como dói
Como dói perceber e sentir a moral e a indignação seletiva.
Como dói o preconceito e a ignorância.
Como dói ver os homens segregados pela cultura, pela religião, pela raça.
Como dói!!
Dói tanto que sufoca, pesa e faz chorar.
Dói tanto que paralisa e imediatamente mobiliza.
Dói tanto, como dói.