Eis que hoje me sinto como o esgoto do mundo.
Parece trágico, dramático, exagerado.
Pense: o esgoto faz parte da civilização, é uma consequência inevitável.
Logo, eu sou inevitável no meu estado de hoje.
Como inevitável, não implica em imutável.
Posso deixar de ser/sentir me como um esgoto.
Todavia, para tal, seria indispensável duas atitudes:
1) Evitar que resíduos continuem a ser despejados em mim, que como pura, torno me esgoto do mundo.
Isso acontece porque ele joga tudo de que precisa livrar se para mim.
Não faz sentido ir ao passo dois antes de cumprir este passo.
É um passo muito válido porque eu poderia ser boa e especial se não fossem essas bactérias e substâncias patogênicas despejadas e mim.
Tais como raiva, rancor, impaciência, arrogância, desmazelo, opressão, dentre outros.
2) Uma vez que já sou esgoto, preciso de um sistema de tratamento específico para livrar me desse estado.
Quem sabe, um pouquinho de atenção dos mais íntimos, quem sabe, visualizar uma luz no fim do túnel, quem sabe, sentir que não é uma ilusão a idéia de que posso voltar a ser pura em meu “núcleo” mais completo e simples, quem sabe, ser útil ao mundo.
Neste momento, há de se voltar ao passo um.
Porque dá muito trabalho tratar das águas residuais do mundo o esgoto.
Então, seria bastante imponderável permitir tornar me esgoto novamente e precisar trabalhar nisso.
Permanecer repetindo, repetindo, repetindo Realmente, não compreendo a lógica disso, apesar de ser o comportamento mais comum.
Pensar a respeito dessas sugestões pode desinfetar o mundo de muitos esgotos que não precisavam estar nesse estado, mas sim, abarrotados de funções positivas e brilho cristalino.