Não quero o esquecimento.
Seria uma injustiça esquecer.
No esquecimento há uma certa indiferença que mostra de maneira cruel que não teve importância.
O que não é verdade, não confere.
Tudo é aprendizado, tudo é escola, tudo vem por uma razão.
E em prol da razão de ter sido não merece ser esquecido.
Até o que morre merece lembrança, merece um memorial que resgate o que se viveu.
Não quero o esquecimento, nem a negação.
Quero a matéria prima para construir a ponte que leva a algo nobre, ao crescimento.
É fato que ao lembrar pode vir a dor, a decepção, sentimento de impotência talvez, mas vem no pacote o que aconteceu de bom em tudo o que existiu de verdade por permissão.
E, se houve verdade nessa história toda, não quero o esquecimento.