O utopistaEle acredita que o chão é duroQue todos os homens estão presosQue há limites para a poesiaQue não há sorrisos nas criançasNem amor nas mulheresQue só de pão vive o homemQue não há um outro mundo.
o anjo pousa de leveno quarto onde a moça puraremenda a roupa dos pobres
Festa familiarEm outubro de 1930Nós fizemos que animação! Um pic nic com carabinas.
Mamãe vestida de rendasTocava piano no caos.Uma noite abriu as asasCansada de tanto som,Equilibrou se no azul,De tonta não mais olhouPara mim, para ninguém! Cai no álbum de retratos.
Prefiro o inferno definitivo à duvida provisória.
SOLIDARIEDADESou ligado pela herança do espírito e do sangueAo mártir, ao assassino, ao anarquista.Sou ligadoAos casais na terra e no ar,Ao vendeiro da esquina,Ao padre, ao mendigo, à mulher da vida,Ao mecânico, ao poeta, ao soldado,Ao santo e ao demônio,Construídos à minha imagem e semelhança
É necessário conhecer seu próprio abismo.E polir sempre o candelabro que o esclarece.