Qual o sentido da vida
A ciência propõe duas explicações para essa dúvida metafísica.
A primeira, mais tradicional, é: o sentido (objetivo) da vida é se reproduzir, ou seja, ter filhos.
Ponto.
Isso vale tanto para nós como para o sabiá, o cordeiro patagônico ou o bicho da seda.
Pelo menos é o que diz a tese do biólogo britânico Richard Dawkins.
Segunda: O cérebro humano possui um mecanismo chamado sistema de recompensa.
São grupos de neurônios situados em certas regiões, como o septo – que fica bem no centro do cérebro.
Toda vez que fazemos algo física ou mentalmente agradável, qualquer coisa mesmo, esses neurônios causam a liberação de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer.
As demais áreas do cérebro são inundadas pela dopamina – inclusive aquelas que manejam o autocontrole e as emoções.
Você sente prazer.
E tem vontade de sentir de novo.
E de novo.
E de novo O sistema de recompensa tem uma influência gigantesca sobre nossas ações e decisões.
Sempre que você se sente bem, ou mal, é esse sistema que está fazendo isso acontecer.
E ele nem sempre nos guia no caminho de gerar descendentes – você deve conhecer gente que não tem filhos, nem quer ter, e está muito bem assim.
Porque existe uma segunda explicação para o sentido da vida.
Em vez de espalhar genes, o objetivo pode ser contentar o sistema de recompensa.
Traduzindo: ser feliz.
* Não consigo olhar para o ser humano como um marionete movido por pulsões meramente biológicas.
Sempre acho que somos mais que isso.
Que há algo na cartola no Universo para nos surpreender.