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Patrícia Vicensotti

MULHER AOS TRINTA
Nem verde nem tão madura,aos trinta anos,o gosto,a forma,a temperatura ideal.Nem precoce,nem tardia,é ao ponto;é um que de vinho do porto que se aprecia.
É o andar seguro e envolvente de quem faz que desentende o que causa.Não preza mais só largura dos ombros; aos trinta anos,o olhar é mais profundo e veem na inteligência um alto ponto de partida.Se excitam por idéias interessantes
Ela se faz de desentedida,bebe sozinha,desce do carro com ar de quem independe.Tão mais mulher,tem tom esnobe,segura de tua capacidade.Gosta de atrair olhares,mas do que beijos.Gosta de dispertar desejos e é vicio de quem a tem.Ela seduz nos trejeitos e é veneno lento: enlouquece com teu modo de firmar os olhos envoltos aqueles cílios que como trilhos mostram o caminho dos vinte,o que aos trinta aperfeiçoou Ela joga o cabelo e abre um sorriso,como se nem notasse o desconcerto dos teus vestígios.Aos trinta anos, não quer perguntas,nem se importa tanto com o passado.Ela espera,ela também demora.Sabe que um "agora" perfeito precisa de jeito e não combina com pressa.Surpreende atraente á junção inocente com maturidade.
A mulher se descobre aos trinta anos.Inteligente e mais audaciosa,é o tempo em se entende e se desprende de fatos,alguns passados, para ser de si.Tempo em que reconstrói decepções, amansa as ilusões e se quebra tabus.Tempo entre as quedas e voos.Tempo de balanço sobre as grandes loucuras ou escassez de coragem.Uma mente mais leve e focada ao que realmente lhe interessa.Não há de tê la como meio termo,mas está ao centro do melhor tempo: é a deusa das décadas.Modéstia parte,quando ela se ama,é um fascínio uma mulher de trinta anos.Nesse equilibrio dócil entre o frágil e o forte,ela é grave: ela provoca,ela consegue,ela arrebata passa,escapa pelos dedos,faz arrombos por dentro e sai intacta.

MULHER AOS TRINTA
Nem verde nem tão madura,aos trinta anos,o gosto,a forma,a temperatura ideal.Nem precoce,nem tardia,é ao ponto;é um que de vinho do porto que se aprecia.
É o andar seguro e envolvente de quem faz que desentende o que causa.Não preza mais só largura dos ombros; aos trinta anos,o olhar é mais profundo e veem na inteligência um alto ponto de partida.Se excitam por idéias interessantes
Ela se faz de desentedida,bebe sozinha,desce do carro com ar de quem independe.Tão mais mulher,tem tom esnobe,segura de tua capacidade.Gosta de atrair olhares,mas do que beijos.Gosta de dispertar desejos e é vicio de quem a tem.Ela seduz nos trejeitos e é veneno lento: enlouquece com teu modo de firmar os olhos envoltos aqueles cílios que como trilhos mostram o caminho dos vinte,o que aos trinta aperfeiçoou Ela joga o cabelo e abre um sorriso,como se nem notasse o desconcerto dos teus vestígios.Aos trinta anos, não quer perguntas,nem se importa tanto com o passado.Ela espera,ela também demora.Sabe que um "agora" perfeito precisa de jeito e não combina com pressa.Surpreende atraente á junção inocente com maturidade.
A mulher se descobre aos trinta anos.Inteligente e mais audaciosa,é o tempo em se entende e se desprende de fatos,alguns passados, para ser de si.Tempo em que reconstrói decepções, amansa as ilusões e se quebra tabus.Tempo entre as quedas e voos.Tempo de balanço sobre as grandes loucuras ou escassez de coragem.Uma mente mais leve e focada ao que realmente lhe interessa.Não há de tê la como meio termo,mas está ao centro do melhor tempo: é a deusa das décadas.Modéstia parte,quando ela se ama,é um fascínio uma mulher de trinta anos.Nesse equilibrio dócil entre o frágil e o forte,ela é grave: ela provoca,ela consegue,ela arrebata passa,escapa pelos dedos,faz arrombos por dentro e sai intacta.