Eu sou uma ilha desconhecida, perdida algures neste oceano.
Não me conheço, não me sinto, não me tenho e quando me procuro, não me encontro.
Tento dar um pouco de mim, todos os dias.
Tento libertar me e gritar quem sou.
De que me serve tudo isso Sou uma ilha desconhecida, igual a qualquer outra.
E como qualquer outra, espero um barco que me mostre, afinal de contas, quem sou eu e o que faço perdida no oceano, no meio de tantas ilhas todas diferentes, todas distantes.
(Somos todos uma mera ilha desconhecida.
Partilhamos o mesmo oceano, mas não partilhamos os mesmos rumos.
Somo nos desconhecidos.
Não nos conhecemos a nós próprios, muito menos aos outros.)