ednaide gomes de paiva

TARDES QUENTES
Sem ninguém saber,
Num local á dois,
Poucas palavras,
Desejo a altura,
Corpos exalam,
Calor se acumula.
Tardes que liberta,
Que se manifesta,
Revelando sem temor,
O gosto do amor,
Sem apego,
Sem cobranças.
Tardes de desejos,
Muitos beijos,
Carinho e descobertas,
Coisas que despertam,
O sentido aguçado.
Tardes de calores,
Sem pudores,
Sem modéstias,
Com verdades,
Com vivacidades.
Tardes Quentes
Da gente,
De mais ninguém,
No ontem, no hoje,
No amanhã..
Talvez.

Não importa o tempo, não importa a idade, não importa os padrões da sociedade a felicidade é algo divino, mérito daquele que sabe edificar, fazer Jus e multiplicar.

Ausência
Não me ensine a suportar sua ausência isso poderá virá um hábito e inevitavelmente ao fim.

Quando deixamos nossos medos saírem através de nosso enfrentamento, a vida interior agradecer, o mundo abre as asas do horizonte e nos tornamos gigantes.

DESABAFO
Ednaide Gomes de Paiva
Queria eu poder invadir,
ser inteira na sua vida,
Sem medidas sem diferenças,
Caminhar juntos de mãos dadas,
Escalar a maior montanha,
Aquela que ninguém ver,
Somente quem senti,
Quem sabe entender,
Que na caminhada a dois,
Os muros e os percalços,
São degraus pra ser vencido,
Subir e descobrir,
Que o melhor está por vir,
Além do horizonte,
Onde um olhar humano,
Não consegui alcançar,
Eu estarei sempre pronta,
Pronta pra te amar.

FRIO
Caminhos de vida,
Feridas
Estradas sem destino,
Assim me sinto,..
Deparo com muitas realidades,
Assombro me
E em meios pensamentos deixo me levar.
Tento vencer e nem sei porque,
Tudo é tão claro, perfeitamente real.
A quem devo dizer
A quem posso confiar
Dar as mãos, abrir o coração,
Puro engano Ninguém tem tempo,
A vida nos cobra e como segundos,
Nos perdemos no mundo,
Mundo do hoje, do agora,
Não sabemos mais esperar,
Nos perdemos no medo,
Medo do não ser, do não conseguir,
E por fim, nos deixamos dominar,
Ser vencido pelo o incerto,
Absolutamente incerto
Querer ter tornou se maior,
Fazer é quase sem definição,
Não se quer mais saber,
Como vai você O que te aflinge
Vidas indiferentes, pessoas distantes
Cada um na sua, em seu espaço,
Tornando se solitário,
Sozinho em suas escolhas,
Vivendo com o frio,
O frio do não tocar, do não ser tocado,
E como de fato, a tela vem nos separar.