O que felicidade
Eis que temos uma espécie do que chamam de questão múltipla escolha.
Como qualquer pergunta difícil, vamos por eliminação.
A felicidade não está verdadeiramente em ter um bom emprego, mas obviamente não está em ficar disponível no mercado.
Não está no carro novo, mas também não está em depender do transporte público.
Não está no diploma da faculdade, mas também não está em não ter oportunidade de estudar.
Não está em ser melhor que os outros em alguma atividade, mas também não está em não ser bom em nada.
Não está no acumulo de capital, mas também não está em depender do Estado.
Na realidade, a felicidade que se procura, nem mesmo é felicidade.
A felicidade é momento.
Estar com quem ama.
Conquistar o que se deseja.
Mas passa.
Nem tudo o que se tem parece ser exatamente o que queria.
Nada é eterno.
Aliás, se vê graça no eterno
Graça, que todas as coisas tendem a perder depois de algum tempo.
Nosso padrão de vida se transforma.
Notamos então que a felicidade que todos se perguntam é o que chamam de “o sentido da vida”, aquilo que flui uma boa maneira de viver.
A boa maneira de viver que pode ou não deve ser eterna.
Mas a longo prazo é aquele estado de espírito que o copo está meio cheio.
É o resultado da contrapartida do ônus da fascinante singularidade existencial.
A pergunta então não é o que é, mas como se tem.
Como se alcança.
É fazer parte de algo.
Ter reconhecimento.
Obter respostas.
Além disso tudo.
Fazer com que as coisas façam parte de você.
Reconhecer o que tem.
Valorizar cada conquista.
É ação e reação.
É verbo.
Compreender que viemos ao mundo da mesma forma como sairemos dele: sem poder carregar nada, mas sim, deixar.
Nesse momento, assim como a boa maneira de viver, transformamos a dúvida.
Agora, a pergunta é “o que tem deixado” Qual sua contribuição para o mundo
Temos um começo: se oriente pelo que pode fazer para deixar o mundo melhor do que encontrou.
Temos um começo o resto é com você.