Se eu soubera, dizia Soares, que no fim de tão pouco tempo a senhora me faria beber fel e vinagre, não teria prosseguido em uma paixão que foi o meu castigo.
Fernanda, muda e distraída, mirava se de quando em quando em um psyché, corrigindo o penteado ou simplesmente admirando a esquivança desarrazoada de Fernando.
Soares insistia no mesmo tom meio sentimental.
Afinal, Fernanda respondia desabridamente, exprobrando lhe o insulto que fazia à sinceridade dos seus protestos.
Mas esses protestos, disse Soares, é que eu não ouço; é exatamente o que eu peço; jure que eu estou em erro e fico contente.
Há uma hora que lho digo.
Pois sim
O quê
Está em erro.
Fernanda, juras me isso
Juro, sim