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Mário Magalhães

O valor da comida,
Pra quem tem sobrando,
Não sabe ainda,
Pra quem tá faltando,
Que custo isso tem
Pra provar pra alguém.
Que na vida,
Tudo vai e vem.
Da riqueza a miséria,
E da miséria a riqueza,
Uma nobre proeza,
Da vida na matéria.
Conforme a realidade,
Conforto, luxo e ostentação,
Pobreza de verdade,
Que dói o coração,
De um lado a vaidade,
Do outro um covarde,
Ou alguém em aflição,
Muitos nomes se dão,
A vida de necessidade,
Mas só quem vive pra saber,
O que lhe aprisiona,
O desejo de morrer,
Às vezes ocasiona,
Mas fazer o que
Se vida ainda lhe tem,
Tem mesmo que viver,
E ir bem mais além,
No lado do rico,
Um nobre amigo,
Que demonstra suas posses,
Até no umbigo,
O ouro se retorce,
Anda de carro,
O tempo todo,
Produto de barro,
E coisa de bobo,
Festas e vida diferente,
O pobre é um indigente,
Que lhe oportuna,
Bem na sua frente,
Mora uma viúva,
Que tem seus filhos ainda,
Dinheiro bem pouco,
Sorte que tem comida,
Vive chorando feito louca,
Sempre olhando pra cima.
Mas o mundo lhe absolve,
No novo modo de ser,
Todo mundo resolve,
Então, lhe socorrer.
A diferença vem na morte,
Que qualquer hora pode chegar.
E entrega a própria sorte,
Qualquer um que ela venha buscar,
Não escolhe por diploma,
Nem perdoa vida difícil,
Nesse dilema a vida soma,
Só mais um no precipício.
O ser humano,
Se acha eterno,
Sempre insano.
Dentro de seu terno,
Caminha a pensar,
No seu futuro,
Sem saber que lá está,
Um pobre em apuro,
Indo pro lado de lá,
Dai vem a religião,
Trazer o conforto,
Enfeitar a ocasião,
Do pobre morto,
Que a sorte lhe possa seguir,
Pois se sorte lhe faltar,
Algo vai lhe perseguir,
Não importa onde está,
Terminado o velório,
Todo mundo vai embora,
Volta tudo pro envoltório,
Alguém aínda chora,
Mas logo vai se esquecer,
Por que vivemos assim
Achando eterno nosso viver
Se a morte chega jazim.
Pra mim e pra você.

SENTIDO da vida,
Parei pra tentar,
Te revelar,
Essa VERDADE escondida.
Um jardim florido,
Representa a ETERNIDADE,
Mas na pura VERDADE,
O jardim tem esquecido,
Da FLOR,
Que com tanto AMOR,
Se faz PRESENTE,
E só quem SENTE,
Compreende.
O sol poente,
Que é realmente,
Inacreditável,
Em explicar sentido,
Sempre tão amável,
Se faz PRESENTE,
todos os dias,
Agente SENTE,
sua caloria,
Perto do nosso olhar,
Que foge do pensar,
E do falar,
Pois é único,
E é PRESENTE,
A janela da ALMA,
Revelação esotérica,
Da simples CALMA,
Poética,
Na calma o SILÊNCIO,
ao qual pertence,
Quem VIVE na vida,
E compreende,
A realidade,
O AMOR de VERDADE,
Causa AMISADE.
SINCERIDADE,
E sendo SINCERO,
Assim espero,
SABER,
O pra que ou por que.
De mim,
E vem a batalha,
Sem TRÉGUAS todos os dias,
As VEZES falham,
Nossas ALEGRIAS.
Mesmo assim continuamos,
Tentando saber
Entender o por quê
Da vida que estamos.
A viver.
E vivendo assumo,
Que isso TUDO tem jeito.
De botar no prumo.
O ENGENHO perfeito,
Que está dentro de Nós.
E impera a SÓS,
Na Física já é provado.
Que o VAZIO é povoado.
Quase tudo em NÓS.
É VAZIO tá provado.
Quando estamos a SÓS.
Ficamos magoados.
Mas estamos errados,
Numa HISTÓRIA,
Que acreditamos enfeitados.
Seremos mais realizados.
Isso tudo por que.
Todo MUNDO quer SER.
Melhor em algo.
Mas tem que entender.
A RAZÃO deste palco.
De representações,
Começa no talco,
As investigações,
Passam por brinquedos,
Pela família,
Chega nos medos.
Que HUMILHA.
Na adolescência,
Convertida de máxima,
REFLETE toda carência,
Nessitando da próxima.
Para EXISTIR.
Falo do futuro.
Que desejam ali.
Eu juro,
Chegando a meia idade,
Rever os resultados,
E com raridade,
Estar CONFORMADO.
Então chega quarentena,
Começa a preocupação,
Juga, olha, condena.
Procurando RAZÃO,
Nos outros,
Daí passam dez anos.
NOS tornamos NEUTROS,
E analisamos,
A nós, AGORA com sessenta,
Quem não fez inventa.
Por que não aguenta.
O OLHAR para trás.
Tem mais.
Chegamos aos setenta,
Tanto faz,
Vou aproveitar,
Oitenta MUITOS já foram,
Restou o choro,
Da separação,
E AGORA o coro.
Da temida velação.
NADA mais.
Solidão.