A loucura preside ao ato sexual:
“Antes de tudo, dizei me: haverá no mundo coisa mais doce e mais preciosa do que a vida E quem, mais do que eu, contribui para a concepção dos mortais ”
“Vejamos, agora, os bobalhões dos estoicos, que se reputam tão próximos e afins dos deuses.
Mostrai me apenas um, dentre eles, que, mesmo sendo mil vezes estoico, nunca tendo feito a barba, distintivo da sabedoria (se bem que tal distintivo seja também comum aos bodes): não precisará deixar o seu ar cheio de orgulho, assumir uns ares de fidalgo, abandonar a sua moral austera e inflexível, fazer asneiras e loucuras.
Em suma, será forçoso que esse filósofo se dirija a mim e se recomende, se quiser tornar se pai”.
(Elogio da Loucura)