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Pedro Malvão

ate onde você ira
Algumas vezes saio de casa, sem rumo, talvez seja um modo de escapar da realidade, ou mesmo de me achar no caos.
Olho as pessoas com passos firmes, como se pisassem a primeira vez na lua, vejo seus olhos, o reflexo, mas não vejo profundidade, o olhar sempre em uma trajetória reta, olham tudo, porém não enxergam nada.
já era tarde, o sol já se punha e todas as pessoas não viam a beleza daquela coloração alaranjada e amarelada que inundava o céu, parecia que ele pedia para ser admirado, como as estrelas que já foram esquecidas sobe várias camadas de poluição, os pássaros estavam lá, cantavam vorazmente em cima do poste, porém não eram escutados, via neles o desespero, acho que via o meu reflexo, gritava ao meio de todos, mas nunca era escutado, passava despercebido, ouvia buzinas, gritos, parecia o caos, talvez fosse mesmo.
Tenho medo, estou me tornando um deles, sem sentimento, vivendo no futuro, sendo frio como as geleiras, não acho mais icebergs pela cidade, aquelas pessoas inteligentes, muito além de qualquer rosto bonito, do que um objeto manipulado, você já deve ter ouvido falar deles, aparentam sem rasas como a ponta do iceberg, só que apresentam sua profundidade para os que merecem.
Temos um grande problema, a beleza está se tornando algo importante demais, perdemos pessoas com grandes potenciais, por preconceito, ou até por medo de tudo que eles podem alcançar, o medo da mudança, do que não podemos controlar, do desconhecido, uma ameaça, mas eles são o futuro, o nosso futuro, esse que você está tentando construir, mas pode ser interrompido.
Quando um olhar se cruza parece algo errado, como se aquilo não pudesse acontecer, não um olhar de surpresa e curiosidade, e sim de medo, daquele que está ali do seu lado.
Uma vez um pequeno príncipe perdido em um deserto disse que estava muito sozinho naquele lugar, e a serpente sua amiga disse ‘’ entre os homens também’’, e realmente estamos, nesse abismo que cavamos todos os dias, estamos nos tornando nossos próprios assassinos.
Muitas perguntam quando tudo ira acabar, tudo acabara quando nós quisermos, quando pararmos de desafiar Deus, e os limites da natureza, mas sinto pena, pois nesse rumo o fim estará na próxima palavra.

ate onde você ira
Algumas vezes saio de casa, sem rumo, talvez seja um modo de escapar da realidade, ou mesmo de me achar no caos.
Olho as pessoas com passos firmes, como se pisassem a primeira vez na lua, vejo seus olhos, o reflexo, mas não vejo profundidade, o olhar sempre em uma trajetória reta, olham tudo, porém não enxergam nada.
já era tarde, o sol já se punha e todas as pessoas não viam a beleza daquela coloração alaranjada e amarelada que inundava o céu, parecia que ele pedia para ser admirado, como as estrelas que já foram esquecidas sobe várias camadas de poluição, os pássaros estavam lá, cantavam vorazmente em cima do poste, porém não eram escutados, via neles o desespero, acho que via o meu reflexo, gritava ao meio de todos, mas nunca era escutado, passava despercebido, ouvia buzinas, gritos, parecia o caos, talvez fosse mesmo.
Tenho medo, estou me tornando um deles, sem sentimento, vivendo no futuro, sendo frio como as geleiras, não acho mais icebergs pela cidade, aquelas pessoas inteligentes, muito além de qualquer rosto bonito, do que um objeto manipulado, você já deve ter ouvido falar deles, aparentam sem rasas como a ponta do iceberg, só que apresentam sua profundidade para os que merecem.
Temos um grande problema, a beleza está se tornando algo importante demais, perdemos pessoas com grandes potenciais, por preconceito, ou até por medo de tudo que eles podem alcançar, o medo da mudança, do que não podemos controlar, do desconhecido, uma ameaça, mas eles são o futuro, o nosso futuro, esse que você está tentando construir, mas pode ser interrompido.
Quando um olhar se cruza parece algo errado, como se aquilo não pudesse acontecer, não um olhar de surpresa e curiosidade, e sim de medo, daquele que está ali do seu lado.
Uma vez um pequeno príncipe perdido em um deserto disse que estava muito sozinho naquele lugar, e a serpente sua amiga disse ‘’ entre os homens também’’, e realmente estamos, nesse abismo que cavamos todos os dias, estamos nos tornando nossos próprios assassinos.
Muitas perguntam quando tudo ira acabar, tudo acabara quando nós quisermos, quando pararmos de desafiar Deus, e os limites da natureza, mas sinto pena, pois nesse rumo o fim estará na próxima palavra.