Salgueiro
Eu e o velho salgueiro,
No repouso destas sombras, sóbrio.
Ondas que se quebram na solidão
Sol poente ao findo horizonte pensamentos
Quem dela cuida ser a minha última ilusão
Sabe bem que o fim é sempre um recomeço,
Nem para a última, nem a primeira
Mas sempre á ela que é a única.
No velho salgueiro do horizonte poente,
Meu repouso, meu contento pensamento.
Das muitas formas que te amei
Em todas elas, me desejei em ti
Nesse tempo, que em mim você não passa,
Eu te vejo nos teus olhos de menina,
Quando moça,
No horizonte, se fez mulher
Edney Valentim Araújo