Thaís Patriota (tenderness)

Às vezes sinto uma vontade gigantesca de fazer as malas e sumir.
Quem sabe assim, descobririam o quão presente fui.

Pode parecer estranho mas, por um lado, possuo por ti uma certa admiração.
Deve se perguntar o porquê.
Bem, gosto do jeito como sorri, mesmo que sarcástico.
Admiro como corre atrás de seus objetivos.
E, principalmente, contemplo sua reação ao alcançá los.
Você pode pensar que, por motivos justificáveis, eu deixei de considerá lo.
Não entrarei nas entrelinhas mas, engano seu.
Pois contigo eu aprendi que a vida é muito mais que curtição.
Que o amor é mais complexo do que imaginamos e, muitas vezes, não tem explicação.
Por você eu fui forte e venci um sentimento que jurei ser infalível quando não passava de ilusão.
E só de tê lo conhecido, para mim foi um aprendizado.
Assim como pra ti.
Porque com os nossos erros tomamos conhecimento Não guardo mágoa por não termos dado certo.
Se tivesse que ser, seria.
Aliás, se ainda for pra acontecer, deixamos por conta do destino.

E como salientar essa fome de desejo Certas horas, no calar da noite, percebo quão faz falta tê lo próximo a mim.
Meu amor, sina minha, paixão reluzente, luz dos meus dias.

Nem sempre estamos aptos à felicidade momentânea.
Até mesmo porque, muitas vezes, a tristeza bate à porta.
O que nos resta é saber como ligar com a tal.
Porém, nada como o pensamento positivo para desviar os maus fluídos.

E então, encontrei um modo de esquivar me à saudade; escrever te.

Quando eu danço eu me estipulo.
Eu me animo.
Eu me solto.
Eu faço de cada passo um eterno momento.
Quando eu danço eu me entrego.
De corpo, alma e coração.
Quando eu danço não meço esforços nem tentativas.
Quando eu danço, me alegro.
Desperto.
Suspiro fundo.
E quando não o faço, não me completo.
Pois, o que me mantém no auge da expectativa é saber que nasci pra dançar.