O corpo exausto, o pensamento cansado, meu raciocínio pedindo demissão e a insônia me fazendo de vítima mais uma noite.
As horas que passavam parecia não passar
Uma madrugada reticente, agoniante.
Tentei disfarçar a insônia fazendo cara de sono.
Mas, meus olhos insistiam em me manter acordada.
Obedeci ouvi músicas, ouvi grilos.
Conversei com o espelho, vi pessoas conversando na rua.
Lembrei de um tempo.
Estava ali, sentada na janela, com os cotovelos nos joelhos e o queixo apoiado nas mãos.
Aquela lua, agressivamente me convidava para ser sua expectadora.
Fiquei parada a noite toda olhando toda a noite passar.
Viajei no espaço sideral sem o menor cálculo de volta.
Tudo ao acaso.
As estrelas começaram a se apagar uma por uma E quando a lua deu bom dia ao sol, dezena de passarinhos vieram até minha janela cochichar seus sonhos.
Só então, depois de sonhar acordada, fui dormir sonhando.