Em momentos de sofrimento e de dor em nossas vidas o que mais queremos é alguém com quem contar.
Em uma cultura individualista, como a nossa, é difícil encontrar uma pessoa com quem possamos partilhar as nossas angústias, alguém que nos escute, que nos ajude a levantar em nossas quedas, que vá ao fundo do buraco nos resgatar.
Por isso, nessas horas, determinadas pessoas se destacam, aproximando se de nossas feridas, desrespeitando as nossas placas de “proibido seguir adiante” e enxergando nelas o nosso silencioso pedido de socorro.
Assim são os amigos: aqueles que permanecem ao nosso lado quando todos se foram.
Por isso as vezes me vejo absolutamente sozinho.
Plagiando minha amada e saudosa mãe: somos o que temos aos olhos dos que só valorizam o ter.
Aos que valorizam nossa alma somos o que somos mesmo com todas as fraquezas.