Pequeno baile de corvos:
Preso em corpo humano sinto meu peito gritar.
Me arranho em puro escárnio deixando de meu corpo a alma escapar.
Flui como luz clara em meio a penas negras.
Assim como o coração daquele que de tão amargo jamais amou.
Sinto frio, como se as garras de um carrasco me acariciassem.
Tomo fôlego, abro meus braços como me propusesse a voar
Me atiro ao ar livre para enfim nunca mais chorar.
Abraçando aos céus, como os corvos bailando sob a luz de um luar
Talvez o que mais me mate não seja lhe dizer um adeus.
Mas sim a incerteza de uma vida sem você (e não poder jazer nos braços teus)
Talvez minha fraqueza seja apenas te querer.
Então deste corpo então quero fugir para que enfim cesse meu sofrer