Não sei se melo o cigarro, ou se inundo a minha sina.
O desabrochar diário de uma mulher que circula numa estrada por um homem e suas caronas.
Ele entende minha velocidade e reajo às emoçoes que nunca foram engradadas.
A janela do carona nunca que foi totalmente limpa.
Quem viaja nas estradas da vida de um sentimento, entende que o grosso de um amor de qualquer jeito é visto lindamente de qualquer maneira.
Amor beira de estrada, acostumado a dormir ao relento, sem frescura.
Durmo apenas com o seu corpo, cobrindo o meu, num banco de trás de qualquer medo e com o freio de mão de qualquer angústia engatado.
Lavo o único vestido de sinceridade que tenho e penduro em cima do teto da nossa estabilidade.
Quando acordo, saio da traseira e vou pra frente de todas as minhas alegrias abotoadas, de um vestido florido, com cheiro de amanhecer.
Amar só se for em exagero, só se for sentindo na cara um tornado de amor inteiro, deixando qualquer tralha pelo caminho.
Embalagem de amor vazio, vai pro entulho!
[o nosso amor é cheio]
Sai do meio!
Rebeca