Olhando para o mundo lá fora vejo um rosto amargo e doente, ou seria apenas meu reflexo tenebroso e assombroso no vidro, talvez minha face envelhecida precocemente pelo uso exagerado do tabaco, mais ainda digo que a mais valor sentimental no escarro lançado a beira de um abismo sem luz do que na alma de muitos homens.A chuva escureceu a tarde aquele dia, e a esperança que lavasse meu coração, acabou.
Escuto a chuva batendo levemente com um tonar de piano, tranquilamente barulhento que me causam arrepios macabros.A tarde se ausenta e vai dando espaço há noite, e a chuva com seus magistrais relâmpagos tornam ainda mais assombroso o seleiro de meu pai, e ainda escuto o estalar das madeiras velhas do assoalho que mais parecem passos de pobres fantasmas querendo se esconder da chuva.