Às vezes a vida é dura de mais
Os pés se machucam ao pisar no solo quente,
Queimam, ardem.
Os joelhos dobram se sozinhos.
As mãos sangram enquanto as lágrimas secam.
Os olhos se fecham, a boca estremesse, lábio com lábio.
Pouco contato, nada de força.
Nada de amor.
Até então que o choro mais agonizante se cala de vez.
Enquanto a mente grita e perde o fôlego.
Enquanto cai sobre os seus joelhos.
Já sem conseguir chorar.
Já sem ninguém pra amar.
Já sem enxergar a luz do dia, pelos olhos entreabertos.
E então, o silêncio e a escuridão toma conta.
Os olhos se fecham.
A respiração sessa.
A luz se vai.
Solidão.